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Medicalização e Transtornos Mentais

Ursino Puff e seus amigos no Psiquiatra

TDAH

Associado à medicalização existe outro fenômeno importante: a patologização.

Patologizar significa transformar em doença o que na verdade são problemas do cotidiano.

Atualmente esse processo ocorre em larga escala e atinge proporções que afetam diversas áreas da vida humana, como tristeza, raiva, ansiedade, luto, entre outras.

A imagem ao lado busca transmitir justamente essa ideia, pois todos temos alguns traços de ansiedade, humor rebaixado ou deprimido e compulsão alimentar, e isso não necessariamente significa uma doença.

Mas é imprescindível que se saiba que tristeza, raiva, medo do futuro (ansiedade), luto, dispersão e agitação são emoções completamente normais e não devem ser encaradas como um mal a ser combatido.

Ignácio e Nardi (2007) afirmam que medicalizar os problemas da vida significa o silenciar o problema através do silenciamento dos corpos.

Contudo, o uso de medicamento pode ser útil, desde que seja algo pontual e temporário, significando medicar.

Com isso, medicar é diferente de medicalizar.

Medicar

Tratar com medicamentos; aplicar remédios; prescrever remédios; fazer uso de medicamentos

Medicalizar

Processo artificial que transforma questões políticas, sociais, psicológicas em doenças individuais, requerendo o uso de remédios para tratamento

     Os remédios psiquiátricos, embora legalizados, também são drogas. Todas as drogas apresentam efeitos desejados e efeitos colaterais.

     A sociedade tende a um olhar de que os medicamentos não são drogas, mas sim mecanismos de tratamento que sempre visam o bem-estar e a cura, encobrindo os efeitos negativos dessas substâncias.

A tabela abaixo exemplifica a questão da relação efeito desejado versus efeito colateral:

Medicamento                        Efeito desejado                         Efeitos Colaterais

                                                     

  Clonazepam                

Ansiolítico: reduz a

ansiedade

Sonolência, cansaço, tontura, hiper salivação, dor muscular, distúrbios do sono, aumento da frequência urinária, visão borrada, diminuição da coordenação motora e da capacidade de concentração, amnésia (eventos recentes), e em casos mais graves, pensamentos suicidas.

Cloridrato

de fluoxetina

Antidepressivo: atua na regulação do humor

Náuseas, insônia, redução da libido, diarreia, retardo na ejaculação, impotência sexual, tremores, redução do apetite, sonolência e ansiedade.

Cloridrato de

metilfenidato

Indicado para: déficit de atenção e hiperatividade

Falta de apetite, dor de cabeça, aperto no peito, taquicardia, insônia, aumento da pressão arterial, tremores, sudorese excessiva, boca seca, surgimento de crises de ansiedade, pânico ou surtos psicóticos.

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